12 outubro 2024

Humano, fiascamente humano

humano-piada
que nem se aguenta nas patas
quando lhe dói 
a imundície do estômago 
homem-palhaço
que nem de macaco
merece ser chamado
(um macaco é muito mais honrado) 
cacófago de cacos
monumento ao vácuo.

fraqueza merréquica
que nem sabe o que faz 
na falta de energia elétrica.
homem-medo: 
quem me dera esmagar-te
entre a amargura dos meus dedos.
farás o que no ardente seco
do teu próprio deserto?

por que vives o que vives? 
vais para qual onde? 
irás tarde 
quando fores embora
(ah, que é já chegada a hora)
não haverá jeito
morrerás com um vazio na alma
e um buraco no peito.

o teu futuro me dá asco 
ergue logo um túmulo 
para o teu si mesmo 
e para o meu desprezo 
ah quem me dera 
ter o machado 
para ser o teu carrasco...
humano-fiasco.

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