há alma na ruína
algo de belo
no que se acaba
algo de denso
no que se perde
há alto na ruína
algo de vasto
no que se sangra
algo de imenso
no que se resta
há astros na ruína
algo de luz
no que agoniza
algo de fundo
no que se finda
há asas na ruína
algo de pássaro
na despedida
algo de música
no que se morre
minha alma é ruína.
(Na imagem, "O Inverno", de Caspar David Friedrich)
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