no meu vale
valho-me
do que está à margem
límpida e líbera
miragem
libertária
visionária
argila criadora
à beira
do que correnteza
intocada pela humana pata
apática
e rasteira
ou barro de margem de lago
de onde se molda o novo
o vasto
e o alto
dos centros
sempre distante
avante
aproximo-me
de meu ser central
e que deixe
à sociedade canalha
um banho de metralha
tudo vale a pena
se se cria
no que se extrema
arte
é o que (não) se vê
por dentro:
antes o longe
dos horizontes das margens
do que os enfeites do centro
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