A Índia e o Hinduísmo (ou a superfície de um Hinduísmo degradado) estão na moda agora, graças à novela da Globo. Aproveito então, para deixar algo sobre o assunto.
O Hinduísmo tem, ou tinha, um pensamento mágico sobre o universo. Eu não irei afirmar se é correto ou se não é. Melhor que cada um chegue a sua própria conclusão. A verdade é que graças a esse pensamento mágico, os hindus, antigamente, consideravam todos os seres vivos como sagrados (não que agora isso tenha acabado totalmente, mas se modificou bastante, degenerou-se em grande parte, como tudo em nossa civilização).
Durante séculos, milênios, os hindus conviveram em harmonia com a fauna e a flora de seu país. Esse pensamento mágico, que a “ciência” ocidental consideraria equivocado, antiquado, retrógrado, “não-científico”, em realidade era muito mais avançado em relação ao pensamento mecanicista que infestou nossa civilização após o fim da Idade Média. Para os antigos hindus, todos os seres possuíam alma, e por isso deveriam ser respeitados. Deveríamos conviver com a natureza e respeitá-la, não dominá-la ou explorá-la egoicamente.
Porém, nos séculos XIX e XX, os ingleses invadiram a Índia, e o pensamento mecanicista do ocidente, para o qual tudo era visto como uma máquina perfeitamente explicada pelo homem, deslumbrou-se com toda a riqueza da natureza indiana. Deslumbrou-se não para contemplá-la ou conviver harmoniosamente com ela, mas para dominá-la, conquistá-la, retirar dela até sua última gota de vida e de riqueza. Pois, para o pensamento dito “científico” do ocidente naquela época, a alma não existiria nem no homem, muito menos em outros seres, considerados “inferiores”.
O resultado foi o massacre impiedoso da então abundante fauna e flora da Índia. Florestas foram dizimadas; elefantes foram escravizados para retirar da própria floresta as árvores derrubadas. Tigres, leões e leopardos foram exterminados para serem exibidos como troféus. Veados-almiscareiros eram mortos para virarem perfume. Macacos de diversas espécies eram abatidos pelo simples prazer de matar. Esse era o pensamento “correto” para os ocidentais: extirpar da natureza tudo o que nela houvesse de vida, submetê-la à vontade superior dos homens, vencê-la como se ela fosse nosso maior inimigo.
Foi assim só na Índia? Óbvio que não. Eu nem necessito mencionar o resto... Hoje, colhemos os negros e podres frutos do “correto”, do "verdadeiro" pensamento mecanicista. O planeta morre. Isso é tudo. Enquanto o “equivocado” e “retrógrado” pensamento mágico ainda é visto com desdém, ou ridicularizado. E assim caminha a humanidade...
O Hinduísmo tem, ou tinha, um pensamento mágico sobre o universo. Eu não irei afirmar se é correto ou se não é. Melhor que cada um chegue a sua própria conclusão. A verdade é que graças a esse pensamento mágico, os hindus, antigamente, consideravam todos os seres vivos como sagrados (não que agora isso tenha acabado totalmente, mas se modificou bastante, degenerou-se em grande parte, como tudo em nossa civilização).
Durante séculos, milênios, os hindus conviveram em harmonia com a fauna e a flora de seu país. Esse pensamento mágico, que a “ciência” ocidental consideraria equivocado, antiquado, retrógrado, “não-científico”, em realidade era muito mais avançado em relação ao pensamento mecanicista que infestou nossa civilização após o fim da Idade Média. Para os antigos hindus, todos os seres possuíam alma, e por isso deveriam ser respeitados. Deveríamos conviver com a natureza e respeitá-la, não dominá-la ou explorá-la egoicamente.
Porém, nos séculos XIX e XX, os ingleses invadiram a Índia, e o pensamento mecanicista do ocidente, para o qual tudo era visto como uma máquina perfeitamente explicada pelo homem, deslumbrou-se com toda a riqueza da natureza indiana. Deslumbrou-se não para contemplá-la ou conviver harmoniosamente com ela, mas para dominá-la, conquistá-la, retirar dela até sua última gota de vida e de riqueza. Pois, para o pensamento dito “científico” do ocidente naquela época, a alma não existiria nem no homem, muito menos em outros seres, considerados “inferiores”.
O resultado foi o massacre impiedoso da então abundante fauna e flora da Índia. Florestas foram dizimadas; elefantes foram escravizados para retirar da própria floresta as árvores derrubadas. Tigres, leões e leopardos foram exterminados para serem exibidos como troféus. Veados-almiscareiros eram mortos para virarem perfume. Macacos de diversas espécies eram abatidos pelo simples prazer de matar. Esse era o pensamento “correto” para os ocidentais: extirpar da natureza tudo o que nela houvesse de vida, submetê-la à vontade superior dos homens, vencê-la como se ela fosse nosso maior inimigo.
Foi assim só na Índia? Óbvio que não. Eu nem necessito mencionar o resto... Hoje, colhemos os negros e podres frutos do “correto”, do "verdadeiro" pensamento mecanicista. O planeta morre. Isso é tudo. Enquanto o “equivocado” e “retrógrado” pensamento mágico ainda é visto com desdém, ou ridicularizado. E assim caminha a humanidade...