esta é a última vez
porque depois de tudo
se o tudo for o nada
a minha voz mal dita
se abismará nos cantos do impossível...
as minhas mãos contritas
se perderão no espaço esvaziado...
a minha febre em vida
se queimará nas cinzas do já morto...
o meu olhar m...aguado
se afogará no mares do não-visto...
meu coração cravado
se enfartará nas garras dos abutres...
essa minha arte em chamas
se apagará nos incêndios do inútil...
e esta minha alma em flamas
se voará às bandeiras do fatal...
3 comentários:
Bá, agressivo. Belíssimo!
Uma coisa que adoro em seus poemas (entre outras) é como me sinto ao ler. Um efeito que dura bastante tempo...
Que coisa linda, tchê!
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