Sobre Carlos Minc
O ministro do meio ambiente chamou os ruralistas de “vigaristas”. O erro do ministro foi ter generalizado. É claro que existem ruralistas decentes e honestos, com consciência ecológica, que trabalham para produzir e ao mesmo tempo preservar o ambiente, e esses merecem todo o meu respeito e admiração. Porém, infelizmente, grande parte dos produtores rurais não possui essa consciência. O que querem é lucrar cada vez mais, visam somente o lucro imediato, e não deixam de ser uns vigaristas. Não estão nem um pouco preocupados em preservar as matas, os rios, os animais selvagens que estão em suas terras. Aqui mesmo, no RS, em várias regiões, os agricultores devastaram todas as matas de suas terras, inclusive as matas ciliares, e agora, em épocas de seca, os cursos d’água se esgotam com assustadora rapidez, uma vez que já não possuem a mata para reter a umidade. Os resultados são grandes conhecidos nossos.
Por que será que sempre os ministros do meio ambiente são motivos de briga, discussões, e são mal vistos pela maioria dos ruralistas e até por outros ministros? Com a ex-ministra Marina da Silva ocorreu o mesmo. Ninguém gostava dela. Agora isso acontece com o Carlos Minc. Será porque no fundo ninguém quer preservar o ambiente e os recursos naturais? Será que todos odeiam tudo que for sinônimo de preservação? Será que é porque acreditam que deixar pelo menos uma parte de uma floresta em pé atravanca o progresso? Progresso é plantar cada vez mais, é construir estradas, rodovias, fazer hidrelétricas, é devastar para criar gado? É explorar à exaustão os recursos naturais? Isso é progresso? Progresso para a morte do planeta, e consequentemente da humanidade, com certeza é.
É impressionante como o ser humano, por mais que sofra na pele as consequências dos seus atos, não muda sua forma de pensar. Como diria um grande filósofo contemporâneo, “o homem não aprende as lições da vida nem a canhonaços”. Para o homem, progresso continua sendo a luta contra a natureza, como se ela fosse algo a ser vencido, dominado e explorado. Aquele antigo e nefasto pensamento de Descartes e de outros filósofos que julgavam que a natureza devia ser inteiramente subordinada, escravizada à vontade do homem. Progresso continua sendo aumento de lucro, aumento de produção, crescimento financeiro. Sempre se comemora o aumento da produção de determinado bem, seja na agropecuária ou na indústria. Porém, nunca se questiona qual o preço que foi pago por esse “crescimento”. Chegará o dia em que não se poderá mais pagar o preço...
Sobre Yeda Crusius
Sobre a governadora, muito pouco tenho a falar. Apenas comento que segundo pesquisa do DataFolha, mais de 57% dos gaúchos acreditam que há corrupção em seu governo, e que desses, 70% querem o seu impeachment. Eu me incluo entre eles. E acrescento que antes dessa nova onda de corrupção vir à tona, comentei aqui sobre a campanha do CPERS e outros sindicatos, onde a imagem da governadora era relacionada à corrupção. A maioria do povo gaúcho julgou exagerada tal campanha e se voltou contra o CPERS. No entanto, agora a maioria desse mesmo povo gaúcho crê que há corrupção em seu governo. Mais uma vez, os professores saíram na frente e foram incompreendidos. E, como sempre, odiados.
O ministro do meio ambiente chamou os ruralistas de “vigaristas”. O erro do ministro foi ter generalizado. É claro que existem ruralistas decentes e honestos, com consciência ecológica, que trabalham para produzir e ao mesmo tempo preservar o ambiente, e esses merecem todo o meu respeito e admiração. Porém, infelizmente, grande parte dos produtores rurais não possui essa consciência. O que querem é lucrar cada vez mais, visam somente o lucro imediato, e não deixam de ser uns vigaristas. Não estão nem um pouco preocupados em preservar as matas, os rios, os animais selvagens que estão em suas terras. Aqui mesmo, no RS, em várias regiões, os agricultores devastaram todas as matas de suas terras, inclusive as matas ciliares, e agora, em épocas de seca, os cursos d’água se esgotam com assustadora rapidez, uma vez que já não possuem a mata para reter a umidade. Os resultados são grandes conhecidos nossos.
Por que será que sempre os ministros do meio ambiente são motivos de briga, discussões, e são mal vistos pela maioria dos ruralistas e até por outros ministros? Com a ex-ministra Marina da Silva ocorreu o mesmo. Ninguém gostava dela. Agora isso acontece com o Carlos Minc. Será porque no fundo ninguém quer preservar o ambiente e os recursos naturais? Será que todos odeiam tudo que for sinônimo de preservação? Será que é porque acreditam que deixar pelo menos uma parte de uma floresta em pé atravanca o progresso? Progresso é plantar cada vez mais, é construir estradas, rodovias, fazer hidrelétricas, é devastar para criar gado? É explorar à exaustão os recursos naturais? Isso é progresso? Progresso para a morte do planeta, e consequentemente da humanidade, com certeza é.
É impressionante como o ser humano, por mais que sofra na pele as consequências dos seus atos, não muda sua forma de pensar. Como diria um grande filósofo contemporâneo, “o homem não aprende as lições da vida nem a canhonaços”. Para o homem, progresso continua sendo a luta contra a natureza, como se ela fosse algo a ser vencido, dominado e explorado. Aquele antigo e nefasto pensamento de Descartes e de outros filósofos que julgavam que a natureza devia ser inteiramente subordinada, escravizada à vontade do homem. Progresso continua sendo aumento de lucro, aumento de produção, crescimento financeiro. Sempre se comemora o aumento da produção de determinado bem, seja na agropecuária ou na indústria. Porém, nunca se questiona qual o preço que foi pago por esse “crescimento”. Chegará o dia em que não se poderá mais pagar o preço...
Sobre Yeda Crusius
Sobre a governadora, muito pouco tenho a falar. Apenas comento que segundo pesquisa do DataFolha, mais de 57% dos gaúchos acreditam que há corrupção em seu governo, e que desses, 70% querem o seu impeachment. Eu me incluo entre eles. E acrescento que antes dessa nova onda de corrupção vir à tona, comentei aqui sobre a campanha do CPERS e outros sindicatos, onde a imagem da governadora era relacionada à corrupção. A maioria do povo gaúcho julgou exagerada tal campanha e se voltou contra o CPERS. No entanto, agora a maioria desse mesmo povo gaúcho crê que há corrupção em seu governo. Mais uma vez, os professores saíram na frente e foram incompreendidos. E, como sempre, odiados.