não me explico.
por que deveria dar um motivo
para perder ou não o meu siso?
reservo-me o inexplicável direito
(com o que faço
só eu devo estar satisfeito)
de dizer-me ou não
e se assim desejo
se for pelo dizer mais alto
(ou sonho que me tomou de assalto)
de meu eu eu me desdigo
que nunca falo do meu falo
e não sou meu próprio umbigo
as palavras (já sabem) são as asas
que não tenho e te sustenho
e que voem vaguem veladas
sem ter que ter no meu chão
(só a mim interessa o meu não)
algo de alga sobre o mar
lago de gala cobre o céu
e um lento luto lento
sempre a me ser olhar...
lá vai minha palavra
ao longo longe de mim
e por outra maior estrada...
se eu tivesse que explicar tudo
melhor seria não dizer nada...
Um comentário:
Poema que adentra meu
ser
pobre poeta que sou
pelo poema que tomo
por tantas belas poesias
rolando pelo uni-verso
Este poema me faz reler
o lobo da estepe
aquele eu poema de Florbela
aquele opus de Nietzsche
tantos pessoas
e aquele perdidos nos outros
eus
lindo poeta:!!! o conteúdo
poemático
o ritmo cadência frequência
o estilo e a forma
por que há poema que vem
do coração
outros da alma perdida
este é um daqueles
que sai da boca de um poeta
perdido.
Estupendo
Luiz Alfredo - poeta
Postar um comentário