dentro em mim
há levas de palavras em lavas
larvas de palavras não-livres
livros não lavrados mal lidos
lendas em velórios levadas
dentro em mim há tanto
que não é nada...
as minhas palavras
largarei letra a letra
deixarei que escorram bem lentas
como os pingos derretidos da vela
como o grão a grão da areia
que desmorona da catedral condenada
como as folhas mortas que caem
da floresta ensopada em napalm
como o gota a gota ainda quente
da garganta do carneiro carneado...
quem quer saber da luz que digo?
o que em mim de belo canta
eu levarei comigo...
e as minhas palavras de sombra
deixo que o Ocaso as entregue
e o Fim as carregue...
6 comentários:
"dentro em mim
há levas de palavras em lavas
larvas de palavras não-livres
livros não lavrados mal lidos
lendas em velórios levadas
dentro em mim há tanto
que não é nada..."
Gostei desses versos em particular, consegues expor o que há dentro de ti, com palavras. Acho isso maravilhoso, gostaria de fazer o mesmo, mas as palavras fogem de mim.
dentro em mim há tanto... mas não consigo externar...
abçs
Adriana
Lindos versos!!!
Belos sentimentos!!
boa quarta amigo
abraço
Maravilhoso poema, adorei seu blog..seu trabalho me parece fantástico, vou adorar conhecer mais..
Venha me visitar, será uma honra.
Como faço pra adquirir seu livro?
Abraços..
Cada vez mais gosto de passear por aqui. Que belo e intenso Final você descreve!
"dentro em mim há tanto
que não é nada...".
...Sou a chuva mórbida beijando a calçada,
o som tardio de um longínquo pranto..."
Abraços
Essas palavras praticamenete se concretizam, dá pra sentir.
Li...e adorei seus poemas,
Beijinhos
Sonhadora
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