minha lírica de adeus e crepúsculo
vê sóis naufragando nas torres
das torres partem olhos e pios
de corujas com asas de sangue
que gotejam nas luas de fel
como beijos que sonham e morreram
altas mortes de tudo que foi
tu não vieste nas asas das íris
tu não viste minha alma de fim
gritos da noite caídos de luz
ciclones de anjos rezando desgraças
a roxo navio que afunda no céu
céu de tormenta que canta em tua boca
tudo que vai que se perde se finda
dança um azar no lábio no mundo
fogo em promessas de três Prometeus...
quando tua face olhará no meu sono
e na minha lira de ocaso e adeus?
2 comentários:
Um murmúrio poético recolhe os pequnos cacos da alma que lamenta em versos, lindissima lira!
Gostei da mistura de sabores do poema. A finalizar com a inquietação do Ser
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