19 janeiro 2009

200 Anos de Poe


Em 19 de janeiro de 1809, no nº33 da Rua Hollis, em Boston, Massachusetts, EUA, nascia um dos maiores gênios artístiscos de todos os tempos, cuja influência foi e continua sendo definitiva em todos os terrenos da arte: Edgar Allan Poe. Deixo aqui minha humilde e pequena homenagem ao meu maior Mestre literário. Abaixo estão algumas frases encontradas nas geniais obras de Poe. Em seguida, um de seus extraordinários poemas.

Algumas frases de Poe:

"Os homens chamaram-me louco. Mas, talvez, a loucura seja a suprema inteligência, pois muito do que é glorioso, do que é profundo, provém de modos de espírito exaltados e não do intelecto geral."

"Os que sonham acordados enxergam muitas coisas que escapam aos que não conseguem sonhar, a não ser dormindo."

"A lembrança da felicidade passada é a angústia de hoje, ou as amarguras que existem agora têm sua origem nas alegrias que poderiam ter existido."

"Não somente acho paradoxal atribuir a um homem de gênio um caráter mau, como afirmo que o mais elevado gênio é apenas a nobreza moral mais alta."

"Houve sábios que se atreveram a duvidar da propriedade do termo 'progresso' para se referir ao avanço da civilização. Consideravam cada avanço da ciência prática como um retrocesso do espírito."

"Todas as coisas criadas são apenas os pensamentos de Deus."

"O de que estou mais certo do que tudo é de que a narração, mesmo parcial, de tais impressões faria estremecer a inteligência universal da humanidade com a suprema novidade dos elementos postos em ação e das sugestões que deles decorreriam."

"Há seguramente outros mundos além deste... Outros pensamentos além dos pensamentos da multidão."

"Pertenço a uma estirpe notável pelo vigor da imaginação e pelo ardor da paixão."

UM SONHO NUM SONHO

Este beijo em tua fronte deponho!
Vou partir. E bem pode, quem parte,
francamente aqui vir confessar-te
que bastante razão tinhas, quando
comparaste meus dias a um sonho.
Se a esperança se vai, esvoaçando,
que me importa se é noite ou se é dia...
ente real ou visão fugidia?
De maneira qualquer fugiria.
O que vejo, o que sou e suponho
não é mais do que um sonho num sonho.

Fico em meio ao clamor, que se alteia
de uma praia, que a vaga tortura.
Minha mão grãos de areia segura
com bem força, que é de ouro essa areia.
São tão poucos! Mas fogem-me pelos
dedos, para a profunda água escura.
Os meus olhos se inundam de pranto.
Oh! meu Deus! E não posso retê-los,
se os aperto na mão, tanto e tanto?
Ah! meu Deus! E não posso salvar
um ao menos da fúria do mar?
O que vejo, o que sou e suponho
será apenas um sonho num sonho?

Edgar Allan Poe

Um comentário:

Anônimo disse...

"O Corvo" é genial.

As duas traduções que conheço, do Machado de Assis e do Fernando Pessoa, são muito legais. Prefiro a do Pessoa, porém.