Há pessoas que comumente dizem: "Ah, pra que brigar por políticos? Nada a ver, isso é idiota, não vale a pena etc. etc etc. Algumas observações. Primeiro: no meu caso, eu jamais briguei ou brigaria por um político, eu brigo por ideias. Políticos apenas representam ideias. Muitas vezes, mal e toscamente, mas representam. E as ideias não se originam com políticos. Originam-se com pensadores, com escritores, com poetas, com artistas, com cientistas. Os políticos passam, as ideias ficam. E se eu não brigasse por ideias, iria fazer outra coisa que não escrever.
Segundo: na Alemanha nazista, para ficar com o exemplo mais famoso, quem não brigava por ideias teve que brigar pela vida mais tarde. E, geralmente, perdeu. E as ideias nazistas não se originaram com Hitler.
Apenas para ilustrar e comparar: JOHANN VON GOETHE, poeta, escritor, dramaturgo alemão, foi um dos principais precursores dos ideais de LIBERDADE INDIVIDUAL do romantismo em seu princípio na Europa do século XVIII. Um poeta, não um político. DIETRICH ECKART, também poeta, também alemão, foi o principal precursor dos ideais NAZISTAS na Europa na primeira metade do século XX. Hitler, um político, tinha-o como mestre. Por essas e outras que afirmei anteriormente que as ideias não nascem de políticos e não é por eles que "brigo". São as ideias que merecem ser apoiadas ou combatidas.
Terceiro: "No inferno, os lugares mais quentes estão reservados aos que escolheram a neutralidade em tempos de crise." Dante Alighieri
Sobre o Brasil atual, um breve comentário: disse certo filósofo, cujo nome não me vem à memória, que "Há momentos em que falar é um delito, e há momentos em que calar é um delito". Nessas eleições, e, provavelmente, também nas próximas, calar é um delito. Há algo realmente ameaçador ao nosso país, que não morrerá nas urnas, independente do resultado, e que pode transformar nossa nação em algo, até então, jamais imaginado de caos e horror. Essa ameaça de um desastre é real. Quem ainda não percebeu, deveria se "antenar" um pouco mais.