o que há por trás dos entes
do ventre da mata
que a manhã
desentranha e mata?
é isso talvez que me alta:
ver que o que há
(sendo ou não comigo)
vai em frente
numa cósmica noite
mais longa mais funda mais vasta
ah o sempre a ver da noite
e os seres que no atrás da treva
não existem entre os que não entreveem
trago no meu ser
como quem traga
grandes goles entre alcoólicos etéricos
essa desestranhada estrada
que assim como eu:
é culpada
em sempre haver a Noite
em sempre a ver-te à Noite
Nenhum comentário:
Postar um comentário