em todas as grandes extinções em massa
(e hoje já vivemos outra)
o objetivo final sempre foi
extinguir a espécie dominante
para que outras novas espécies
pudessem reinar.
O trecho a seguir faz parte do texto A Era da Maldade, que escrevi e publiquei em outubro de 2018. O trecho reflete perfeitamente o que estamos vivendo hoje com a catástrofe dos incêndios florestais criminosos, causados na maior parte pela mão humana. A própria PF está investigando 5 fazendeiros (CINCO!) suspeitos de iniciar os incêndios para fazer pasto e lavouras. Que direitos esses ecocidas acreditam que têm em cometer tal atrocidade contra a nação?
"O egoísmo também nos fala do lucro a qualquer custo. O custo é mais e mais destruição ambiental e exploração do trabalho humano. Vivemos uma nova era da impiedade e do medo, da ausência de compaixão e de solidariedade. Nosso coração morre a cada dia. Voltamos à era da redução das áreas de preservação ambiental, do massacre dos povos nativos, da liberação da caça e da aniquilação da vida selvagem, pois isso não tem valor para o neoliberalismo, a não ser o valor financeiro. A poluição desenfreada não terá limites, a vida será cada vez mais subjugada pelos meios de produção. Vivemos a era em que os recursos naturais, desde campos, florestas, até a água ficarão nas mãos de muito poucos, assustadoramente poucos."
O texto completo pode ser lido aqui .
1) O Aquecimento Global, que vem mostrando seus efeitos com cada vez mais força em todo planeta, e cuja origem principal é a ação humana, em particular a poluição e o desmatamento.
2) O clima anormalmente seco em grande parte do Brasil, que é intensificado pelo desmatamento. A retirada da cobertura vegetal, a qual se intensificou sob o desgoverno Bolsonaro, causa a perda da umidade da terra, que, por sua vez, diminui a formação de chuvas.
3) A ganância aliada à ignorância e até à maldade faz com que fazendeiros, principalmente, se aproveitem da estação seca para pôr fogo na vegetação a fim de "limpar" a terra para em seguida ocupá-la com soja e/ou gado. Essa ação, criminosa em tempos de seca, gera um avalanche de queimadas incontroláveis. E muitas dessas queimadas não são em propriedades particulares, mas em reservas patrimônios do povo brasileiro.
4) A política ambiental catastrófica do desgoverno Bolsonaro que, além de incentivar o desmatamento para a produção agro e para a mineração, tem desmantelado e sucateado toda a estrutura dos órgãos ambientais, deixando de aplicar as verbas previstas para este ano, dificultando trabalhos de fiscalização do IBAMA e tirando da chefia dos órgãos profissionais capacitados para colocar militares que não sabem o que e como fazer. O Ministério do Meio Ambiente é chefiado por um total incompetente e verdadeiro inimigo das questões ambientais, um sujeito que já foi condenado por beneficiar ilegalmente mineradoras, que tem sabotado trabalhos de fiscalização, perseguido funcionários do IBAMA e deixando de investir na própria área pela qual deveria prezar. Salles, em acordo com Bolsonaro , aplicou somente 0,4% de toda verba destinada ao Meio Ambiente e cortou em 70% o investimento em brigadas contra incêndios florestais. Para o o próximo ano, este desgoverno acaba de REDUZIR ainda mais as verbas para a área ambiental. E, assim, assistimos estarrecidos e impotentes à destruição sem freios das maiores riquezas desta nação.
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dormi com medo de acordar
medo de acordar e tudo ter acabado
medo de acordar e nada ter acabado
dormi com medo
de ter medo de acordar
com medo de ter que acordar
com a corda no pescoço
dormi com medo de acordar
e ser só osso
de acordar e ser só isso
de dormir até o fim
de sonhar cair num poço
e de acordar e ser assim
de sonhar com coisas ruins
e acordar e elas são
de sonhar com coisas belas
e acordar e não serão
e ninguém aqui comigo
dormi com medo
de acordar e estar morto
de acordar e estar vivo
Bolsonaro é o presidente mais egoísta da história brasileira. Nunca faz nada pelo povo, olha somente para sua própria bunda. Provas?
Vamos começar pelo auxílio emergencial, que de início ele não queria pagar. Depois, queria pagar só 200 reais, mas foi derrotado pela oposição e engoliu, puto da cara e sempre reclamando, os 600. Mas foi aí que percebeu que o povo estava gostando dos 600 reais (algo óbvio, para uma população que em parte mal consegue se alimentar) e que isso poderia ser ótimo para sua reeleição. Começou a espalhar a Fake News de que o auxílio de 600 é obra do seu governo e quer, agora, que o Paulo Guedes se vire para achar dinheiro que continue bancando o auxílio.
Então, o Guedes quer, por exemplo, taxar livros e vender estatais e riquezas nacionais a preço de banana para conseguir esse dinheiro, porque, dos ricos e privilegiados, Bolsonaro e sua corja nunca tiram nada, só dão.
Bolsonaro sempre age em interesse próprio, não tem uma gota de grandeza ou humanidade. No seu egoísmo estúpido, tira verbas das áreas de onde ele não espera votos ( da Educação, da Ciência, da Cultura, das Artes, do Meio Ambiente, da Saúde) para dar para militares, latifundiários, mineração e determinados grupos empresariais.
E o Brasil que se foda.
há os que temem a morte
porque não se conhecem.
há os que temem a morte
porque se conhecem.
há os que temem a morte
porque nada conhecem.
há os que temem a morte
porque não conhecem
que já estão mortos.
há os que temem a morte
porque só conhecem da vida
aquilo que morre.
dizem que as pessoas temem a morte
porque temem o desconhecido.
não. temem a morte porque temem a dor.
ninguém sabe se vai sofrer ou não
depois que morrer.
esse é o grande medo.
temer o desconhecido
é temer a possibilidade da dor.
e todo mundo teme essa possibilidade.
então no fundo
não é nem a morte nem o desconhecido
o que se teme.
o que se teme é a dor.
eu sinto o cheiro daquela voz de almas
entre palavras que não mais existem:
melhor dizer o que não tem sentido
e ouvir o sangue de esquecidos idos.
ali morri como se fosse um vago
e do sedento eu te acenei meus fins:
estava ao nunca sempre lá cantando
pelos presságios de um planeta doente.
então me disse o que de agora é morto
que tudo foi no que cantei sem nada.
fiz uma história em doze versos-febre:
fica pra sempre só o que não se entende.
Ser FILHO DA PUTA é isto:
ANTES: "O Brasil nunca vai chegar a 100 mil mortes por Covid, vai ter no máximo umas 800, sigam suas vidas normalmente, pra que quarentena? Só idosos tem que ficar em casa, pra que fechar escolas? Criança não pega, distanciamento social é bobagem, perder emprego é pior, blábláblá."
DEPOIS: " Eu não tenho culpa das 100 mil mortes, ninguém vai me responsabilizar, a culpa é dos governadores, é dos prefeitos, é do STF, eu não tenho responsabilidade nenhuma. Morreram? E daí? Que a vida siga normal, eu não podia fazer nada, todo mundo morre, blábláblá."
Isso é ser um filho da puta no grau mais elevado, categoria máxima de ser bosta.
quando eles te perguntam:
"O que você faz da vida?"
eles não querem saber o que tu fazes da vida
eles nem sabem de que vida falam
e nem o que é vida
eles só querem saber no que tu trabalhas
e nem tanto pelo trabalho em si
mas por quanto de dinheiro tu ganhas
e por qual a importância que tu tens
e não tanto pela importância em si
mas pelo importância que te acham como tendo
quando eles te perguntam:
"O que você faz da vida?"
tu poderias (por que não?) responder:
eu leio romances
eu escuto música
eu falo com animais
eu caminho pelos campos
eu toco violão
eu cuido do quintal
eu escrevo poemas
eu assisto a filmes
eu descubro sobre coisas
eu converso com amigos
eu procuro mistérios
eu viajo
eu sonho
eu amo
(...)
se tu responderes assim
eles dirão que tu és um vagabundo
e que não fazes nada da vida
mas são eles que não fazem nada da vida.