15 dezembro 2016

De(x)ploração (Poema ao Fim das Águas)

ao erguer-se
a luz empurecida do sol
brilha a claridade etérica de éter
das espumas dos rios
das sangras
dos arrotos
dos diachos
ao render-se
à luz emputecida do sol

castelos de sabão
aves cheias de graxas
e aquelas formas alvas
das névoas lépidas fétidas
formas brancas
acagadas
formas claras
de ovos
infinitos e intestinais

a serenidade impassível intragável
das águas plácidas
pútridas
ácidas
básicas
aquelas águas plásticas
de folhas flores e fezes

aquelas águas tranquilas
imperturbáveis
onde nem um peixe
causa alguma onda...

aquelas águas-espumas
aclaradas brilhantes
acabadas desinfetantes
como resultado tardo
de ter gentes


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