13 setembro 2016

Não Voto em Filho da Puta

O poema que segue não serve para todos os candidatos. Há, é claro, os candidatos decentes e íntegros. Mas para os que servem, e não são poucos, deixo aquele meu velho poema, agora reelaborado:
prezado
senhor candidato:
com todo respeito
vou pegar o meu voto
e enfiar no teu rabo
rico reto
de rato

não me venhas
com apertadinhas de mão
 tapinhas nos ombros
para futuras
mãozinhas nos bolsos...

no ranço do teu sorrisinho
de boca amarela e fingida
deixo o voto do meu catarro
mijo ressaca e sarros
e tuas alegrezinhas
felizinhas
musiquinhas
retardadas
enfia
nos teus orifícios propícios
queimados
de cagar churrascos

queres
passeatas
carreatas
mamatas?

conchavos
conluios
canalhas?

tratados
tramoias
trapaças?

com o teu santinho
apago meu cigarro vadio
ah, e senhor candidato
nobremente
vá à puta que pariu!

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