21 dezembro 2015

O Saco do Papai Noel








Este poema foi escrito em 2013. Agora, com algumas leves revisões, republico-o, tendo em vista o clima consumista, digo, o clima natalino.

P. noel,
eis minha carta:
maior que tua barba
bem perfumada
de capital
(de fazer trança)
é a tua farsa
bem estufada
de banquetes
e palacetes
entre tua pança

de bochechas coradas
(de vergonha)
e gordas
tu só és papai,
P. noel,
a quem deixar
algumas notas
(e outras cotas)
na (pro)fundidade
do teu chapéu

P.noel
o bom velhinho
velhaco:
só ganha presente
quem tiver dedos
(no meio da moeda)
pra te puxar o saco

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