quanto mais me tento acertar
mais me alongo do acerto
se me aproximo
me vejo entre o longe
e ao lado do sol me visto de frio
como o poço que é sempre mais poço
quanto mais está vazio...
talvez porque o certo
não seja o que é acerto
nem o que mais perto
falo para um além
que está num longe onde
e quando digo ao meu ouvido
é distante o que está comigo
é um sopro que ao não me responde
em que ego o meu eco ecoou pela
Terra?
errando pelo caminho
tornei-me o deus em não ter nada
e matando-me o espero
deixei minha morte
no alto do cerro:
acertei-me mais
quanto mais mirei no Erro...
Nenhum comentário:
Postar um comentário