tristeza de não-antídoto
e sorriso de fundo trágico:
há um hálito que seja válido?
entendo teu gesto lânguido
e o que sonha teu rosto sânguino:
que o resto se arrasta rápido...
a todos há uma forma de símbolo
há horizontes que talvez sejam pórticos
há a agonia da vela e da lâmpada
a chama escarlate cálida e tântrica
e halos na lua alando em céu tríptico
há o longínquo-não-ser de um ósculo
e a mim...
algo de Fim no teu olhar crístico
(Na imagem, parte do Retábulo de Isenheim, de Grünewald)
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