18 julho 2013

Manifesto Antipático*

não concedo
não sou
de concessões
nem de um
nem de outro tipo
evito
suavidades
e atos
que voltam atrás
aliás

não agrado
não dou o braço
(talvez só
para a dança...)
não busco a paz
não mais
(quem é pacífico
me cansa)
não me retrato
nem retrocedo
(se um dia o fiz
eu me arrependo)

não dou ouvidos
nem ouço motivos
radicalizo
definitivo
e com deboches broncos
as babetes
babadoras de botas
eu ironizo

e também não perdoo
não alivio
ou contemporizo
mas se me juram
o contrário
é claro
que não acredito

faço miséria
e mau poema

nem sinto pena


*Poema reelaborado e republicado.

3 comentários:

Sônia disse...

Gostei!

Ana Bailune disse...

Tá bom, então... mas eu gosto assim mesmo.

Fábio Murilo disse...

"Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"

Achei tão simpático seu manifesto antipático.

http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/