04 maio 2013

da Meia-Noite


quando morto
logo ao ponto
de deixar de existires
é como quando
em um ponto do céu
uma ave
desaparece
(que tudo cesse...)

então estarás no ponto
na volta ao ponto inicial
ao ponto mínimo branco
brotado
entre o negro dômino
de uma roda que é ponto
de filosofia oriental

fênix e reis
renascem das cinzas
e nunca perdem a majestade
(o cedo
é o muito tarde)

(que tudo cesse...)
como se passando do ponto
da meia-noite
fatal
natural
infinital
não amanhecesse...

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Lindo poema. Não creio que tudo cesse, infelizmente.