o que é que me diz 
o que não sei-me 
que não fiz?
aquilo que não era
em que era 
é que será?
afinal
o que é que há?
o que vejo 
quando me sinto
no som 
do teu não estar
de íntimo indistinto?
aquilo que sendo 
me entardece
nuvens luando tardes
aves que auroram campos
pelo inverso 
solar do sono
sou eu 
que tardo no que sinto
ou é o campo 
que se nubla como sangue
seco e tinto?
noite que te atrás
o que é que tu me trazes?
e que olho de horizonte
me olha desde o ontem
entre o que vento
e o que silência do monte?
o que não sou 
está sendo no que fiz
o que não fiz 
está feito no que sou
 
3 comentários:
Olá! Às vezes é tão difícil comentar um poema que parece estar tão bem estruturado em uma cadeia de DNA de cristal que, se agente fizer barulho demais, arranha.
São trocadilhos de bela estrutura.
Beijos!!
Tuas palavras me fazem pensar em tantas coisas boas e bobas.
Gosto disso.
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