rosa que paira pelo não-vindo
quem foi que sagrou-te à tormenta
quem foi que matou-te em meu sangue
rosa que sonha pelo meu grave?
quem foi que falou-nos de amar-te
daquilo que voa mas sempre te parte
o alguém que arrancou-te da noite
rosa que doente pelo meu sempre?
quem te avassala pelas espadas
em vasto martelo firme na morte
e larga teu lago vazando-me o rastro
rosa que morre pela minha veia?
onde é que deixaram o teu passo na lama
rosa que afoga em tudo que chove
no medo que corta do que te consomes
rosa que vai-te em tudo que corre?
quem é que te lança na faca que mata
rosa que vaga em tudo que é podre
rosa que finda em todo meu nada...?
rosa esmagada
(Revisão do poema publicado em fevereiro de 2010.).
3 comentários:
Amei, Lord Reiffer!
=*
Lindo!
Mesmo depois do sacrifício de nascer no mundo cinza, a rosa mal sobrevive.
Lindíssimo poema!
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