24 novembro 2010

Lei de Entropia

quando o fogo se apaga
a água esfria...

é como o vulcão
a que não chega mais lava
ou como o planeta
que do seu sol
se distancia...
quando o fogo não volta
a água esfria...

imagine um céu
do qual nunca saem as nuvens
ou uma noite
que sempre permanece
se assim fosse
a terra seria fria e sombria...
quando a chama se extingue
a água esfria...

que rosas manterão sua cor
se a neve lhe cai
dia após dia?
que olhos manterão o calor
se o sangue se estanca
pela artéria vazia?
quando o sangue não pulsa
a alma esfria...

9 comentários:

Talita Prato disse...

Perfeito. Sabe quando te toca a essência?

Gisa disse...

O fogo tão hipnótico no seu frenesi dançante busca a fuga na avidez da sobrevivência. Medo da água.
Um beijo querido amigo.

Letícia Palmeira disse...

Gostei um bocado.
Sou péssima ao comentar poemas.

Anônimo disse...

quando a chama se extingue
a água esfria...

É assim tudo na vida, precisamos dessa chama sempre acesa.

Abs

Fєrnαndєz ♠♠ disse...

Quando o corpo esfria, o que resta?

Lindo mesmo. Isso mostra tua versatilidade na escrita.

http://terza-rima.blogspot.com/

Davi Machado disse...

boa construção
admiro as imagens que você evoca.

Nadine Granad disse...

Desordem ordenada...
... As repetições inéditas em cada estrofe... gostei demais!


Abraços carinhosos =)

Anayss disse...

El cielo juega con sus nubes
como suspiros de ensueños..

saludos

Anayss disse...
Este comentário foi removido pelo autor.