20 maio 2010

Poema Antipático

sei que minha poesia é antipática
que não sorri e não agrada
como a chuva que é forte
mas que não era esperada...

gosto de fazer se aceitar
o que não se aceita:
ninguém quer falar de Fim:
preferem pensar que cada instante
irá se estender a um eterno adiante...

preferem não ver
o que está à frente da fronte
e negar que tudo na vida
está depois do horizonte...

gostariam de estancar
a ampulheta do tempo
que sem parar se esvazia
e prender as nuvens que passam
numa cósmica tela...

todos preferem sonhar
que nunca acabará o dia
e que jamais se apagará a vela...

mas a noite...
a Noite é tão bela...

6 comentários:

Sandra Gonçalves disse...

Seu poema não é antipatico...
É musica aos ouvidos.
Eu vivo cada dia como se fosse o ultimo ou ao menos tento.
Bjos achocolatados.

Se puder vote em mim de novo?
Estamos na reta final.

silvia zappia disse...

tu sitio es excelente,y tu poema antipático me gustó muchísmimo.

besos*

Ana Lucia Franco disse...

Pois o ômega me atrai tanto quanto o alfa. Amo e respeito tanto o princípio quanto o fim. Teu verbo brilha, Reiffer.

bjs.

Anônimo disse...

Lindo. Pincelas imagens belíssimas através do teu ritmo.
Adorei.
beijos!

Agnes Mirra disse...

Este poema é muito Reiffer, ou seja,é um abismo sombrio e belo!

Richard Mathenhauer disse...

Como podem versos antipáticos nos prenderem? Talvez eles deixem de ser antipáticos ao recordar que a noite é bela.

Abraços,