Agora querem alterar a Legislação Ambiental. Para pior. Para poderem desmatar mais, inclusive a mata das margens dos rios. Para devastarem as parcas florestas que restaram nas propriedades rurais. Não querem ter limite nenhum. Querem acabar com tudo. E querem ser perdoados das multas que pagaram no passado ou que ainda têm que pagar. Por quê? Ora, porque os proprietários de terra têm o direito de fazer o que querem com ela, afinal são donos. O que tem a humanidade a ver com isso? Mas não querem desmatar para o lucro, longe disso. Querem fazê-lo para o desenvolvimento... Como soa pomposa essa palavra: DESENVOLVIMENTO. DE-SEN-VOL-VI-MEN-TO!!! Não é linda? Acho que é a palavra mais bela e poética da língua portuguesa. Parece que estou vendo os políticos encherem a boca, estufarem as bochechas para pronunciar o mais profundo lema da humanidade: “tudo pelo DESENVOLVIMENTO!
É como diria o pensador francês Michel Maffesoli, o mundo está melhor, está menos individualista. Haha! Quer dizer que ele pensou, pensou, e chegou a essa conclusão? Agora recebi a prova de como sou imbecil. É incrível, mas eu não consigo enxergar o óbvio: o mundo está menos individualista. Certamente devo ter sonhado quando li nos jornais que o número de famintos e desnutridos no mundo passou de 800 milhões para mais de 1 bilhão nos últimos anos. Ah, PENSANDO bem, só aumentou em 200 milhões! 200 milhões é só a população do Brasil. Isso não é nada! É só um acidente de percurso em nosso pomposo desenvolvimento...
Se eu pudesse dialogar com o senhor Maffesoli e outros pensadores pós-modernos do 1º mundo eu sugeriria: por que vossos países ricos, que não são individualistas, não ajudam de verdade aqueles países pobres que vocês tanto exploraram no passado? De vez em quando eles mandam umas esmolas, que rapidamente são repostas em quádruplo pelo lucro de suas multinacionais. Que não são individualistas.
Maffesoli é francês. A França não é individualista. Claro, enriqueceu tanto com suas colônias do passado (e ainda enriquece com suas multinacionais) que agora tem riqueza para todo mundo. Foram séculos de pirataria, pilhagem e roubalheira dos recursos naturais de países que hoje agonizam com 1 bilhão de famintos e desnutridos. 1 BILHÃO! Isso também é pomposo!
França, Inglaterra, Portugal, Espanha... Países que não são individualistas. Foram séculos devastando matas, poluindo rios, extirpando as riquezas das terras férteis e transbordantes de ouro e diamante do 3º mundo, à custa das lágrimas dos seus povos, da escravidão e do sangue derramado, à custa de seu suor inútil, de suas esperanças asfixiadas, de seus direitos renegados. Claro, agora não é mais preciso ser individualista. Agora todos são tolerantes e amiguinhos. Inclusive eu, inclusive você, amigo leitor. Não somos mais individualistas, desde que os problemas dos outros não atinjam o nosso próprio umbigo. 1 bilhão de famintos? E daí? Eu não tenho nada a ver com isso.
O intelectual Maffesoli disse que o homem deve sonhar. Concordo plenamente. Aliás, sonhar é o que mais faço na vida. Como escrevi em certo poema, não passo de um labirinto de sonhos. Eu só tenho uma dúvida: acho que em alguns anos vamos ter que sonhar no mundo da lua, porque não haverá mais planeta Terra para sonharmos...
É como diria o pensador francês Michel Maffesoli, o mundo está melhor, está menos individualista. Haha! Quer dizer que ele pensou, pensou, e chegou a essa conclusão? Agora recebi a prova de como sou imbecil. É incrível, mas eu não consigo enxergar o óbvio: o mundo está menos individualista. Certamente devo ter sonhado quando li nos jornais que o número de famintos e desnutridos no mundo passou de 800 milhões para mais de 1 bilhão nos últimos anos. Ah, PENSANDO bem, só aumentou em 200 milhões! 200 milhões é só a população do Brasil. Isso não é nada! É só um acidente de percurso em nosso pomposo desenvolvimento...
Se eu pudesse dialogar com o senhor Maffesoli e outros pensadores pós-modernos do 1º mundo eu sugeriria: por que vossos países ricos, que não são individualistas, não ajudam de verdade aqueles países pobres que vocês tanto exploraram no passado? De vez em quando eles mandam umas esmolas, que rapidamente são repostas em quádruplo pelo lucro de suas multinacionais. Que não são individualistas.
Maffesoli é francês. A França não é individualista. Claro, enriqueceu tanto com suas colônias do passado (e ainda enriquece com suas multinacionais) que agora tem riqueza para todo mundo. Foram séculos de pirataria, pilhagem e roubalheira dos recursos naturais de países que hoje agonizam com 1 bilhão de famintos e desnutridos. 1 BILHÃO! Isso também é pomposo!
França, Inglaterra, Portugal, Espanha... Países que não são individualistas. Foram séculos devastando matas, poluindo rios, extirpando as riquezas das terras férteis e transbordantes de ouro e diamante do 3º mundo, à custa das lágrimas dos seus povos, da escravidão e do sangue derramado, à custa de seu suor inútil, de suas esperanças asfixiadas, de seus direitos renegados. Claro, agora não é mais preciso ser individualista. Agora todos são tolerantes e amiguinhos. Inclusive eu, inclusive você, amigo leitor. Não somos mais individualistas, desde que os problemas dos outros não atinjam o nosso próprio umbigo. 1 bilhão de famintos? E daí? Eu não tenho nada a ver com isso.
O intelectual Maffesoli disse que o homem deve sonhar. Concordo plenamente. Aliás, sonhar é o que mais faço na vida. Como escrevi em certo poema, não passo de um labirinto de sonhos. Eu só tenho uma dúvida: acho que em alguns anos vamos ter que sonhar no mundo da lua, porque não haverá mais planeta Terra para sonharmos...
2 comentários:
Caraca... Momento crítico este seu.
Deveras, também não consigo calar-me com tanto individualismo, inversão, capitalismo. O homem servindo ao dinheiro, o amor sendo visto como fraqueza.
Creio que vivemos em um mundo de fantasias. Pessoas de classe alta parecem estar destinando sua atenção apenas para a primavera em paris, moda em Madri e a bolsa de valores.
Estamos segos, mudos e surdos... E o planeta... Pois é... Como você disse: vamos terminar a sonha na lua - denotativamente.
Até!
Devastador o teu texto! Não tenho nada a acrescentar.
André Vieira
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