12 setembro 2009

Pedaços de Versos

e hipertensão artística
de um coração febrilunar
enfartado de esper
ânsias

e dois beijos viróticos
à sonata se terminando
em tua saliva holo
cáustica

e duas preces mezzo-fúnebres
de demônios incandescentes
sobre altares de re
legiões


e três letras pouco-elípticas
caindo em sono eternal
nos tristes braços de um será
fim

4 comentários:

Anônimo disse...

Complexo, convexo, de dilaceramentos vãos: poema!

Gosto demais dos seus textos !!!

Davi Machado disse...

ou estou lendo muito pouco, ou...
não sei que dizer, nunca vi algo assim, muito original!!!

aplausos! infindos aplusos!

Alberto Ritter Tusi disse...

"coração febrilunar".

Basta, muito bom!

Anônimo disse...

O que assombra em teus poemas além da incrível criatividade é que nós sempre temos a impressão de que há por trás de tuas palavras um profundo enigma cuja sensação nos hipnotiza.

André Vieira