É o que afirma as mais recentes estatísticas divulgados pelo IBGE. Confira a matéria na íntegra aqui. Tais informações geralmente são subestimadas pela população em geral, e mesmo as pessoas mais cultas e críticas pouca atenção dão a tais fatos. E mesmo que se pensasse mais no assunto, o que poderia ser feito?
Devastar um território quase do tamanho do estado de São Paulo em apenas 10 anos é muita coisa, é um absurdo, na verdade. E isso foi apenas o que devastou a agricultura, a principal responsável, correspondendo a 65% do total de florestas e outras formações vegetais consumidas entre 2000 e 2010 no Brasil. Realizando-se uma operação básica de matemática, e se considerarmos que o Brasil ainda possui 50% de seu território preservado, mantendo-se esse ritmo de destruição, o Brasil teria sua natureza TOTALMENTE DESTRUÍDA EM TORNO DE 100 ANOS.
Quais as consequências dessa catástrofe? A verdade é que ninguém sabe. Mas já podemos vislumbrar algumas tragédias que estão deixando seus obscuros sinais. Estiagens cada vez mais prologadas, fim dos recursos hídricos, consequente impossibilidade de se produzir energia elétrica, aumento de temperatura e outras alterações climáticas, esterilização e desertificação de terras férteis, extinção em massa da biodiversidade... Isso é só o que podemos vislumbrar. Certamente, o que ainda não podemos deverá ser bem pior.
Pouco, bem poucos, dispensam real atenção ao fato, pois, numa sociedade imediatista e superficial, o que importa é suprir as "necessidades" atuais da população. Não se pensa nas consequências. Pensa-se no dinheiro, no lucro imediato. Alegam que a humanidade aumenta e precisa ser alimentada. Realmente. Mas não se leva em conta o "até quando?" e o "de que forma?" Já escrevi aqui, e não foi só uma vez, que em breve, dentro de poucas décadas, haverá um redução drástica, para não dizer catastrófica, na população humana mundial.
Para encerrar:
Mensagem aos Extintos
seres que vos extinguis:
a que oculto
o que mistério
vos leva...?
o que vos leva,
em que mistério
é oculto?...
quando vos fordes
ocultai convosco
meu fracasso humano
quando partirdes
arrastai com força
meus ausentes planos
e meu longínquo sangue
despejai ao longe
o que pulsou comigo
não deixeis que siga
na desalada vida
e o desperado verso
que perambula e erra
escondei da terra
é o que me esperanço
nos confins
a que vos destinais...
que eu me esqueça do existe
em vossos eternos jamais
mas guardai
em almas
esta arte dos tardes
para quando voltardes