Eu não deveria ter trocado de palpite. Escrevi em 17 de junho:
"O Brasil foi tricampeão do mundo em 1970 e tetra em 1994, 24 anos depois. A Itália foi tricampeã em 1982 e tetra em 2006, 24 anos depois. A Alemanha foi tricampeã em 1990. Fica a pergunta: a coincidência da "transição" dos tris para os tetras prosseguirá, e a Alemanha será tetra em 2014, 24 anos depois? A julgar pelo seu jogo de estreia, com a goleada que humilhou Portugal, é bem possível. Aliás, é o meu palpite. Alemanha tetra."
Cumpriu-se a profecia da "Transição dos Tris para os Tetras".
Depois, antes da final, decidi mudar meu palpite, com muitas dúvidas, apostei na Argentina. Único palpite que errei, a final. Mas tudo bem, a Alemanha venceu com méritos, e estou contente com sua vitória, pois sou um admirador do povo alemão, não dos nazistas, como muitos babacas por aí, mas pelos reais grandes homens e gênios.
Achei algo completamente imbecil as piadinhas com Hitler após a goleada da Alemanha sobre o Brasil. Por que logo o Hitler comemorando, enquanto há tantos outros homens muito maiores e mais representativos da Alemanha e da sua grande nação? Por que não Beethoven? Ou Bach? Ou Goethe? ou Kant? Ou Einstein? Ou o meu amado Brahms? Ou tantos outros, na música, na literatura, na pintura, na filosofia, na ciência?
Por que não a Alemanha de Wagner, de Schumann, de Mendelssohn?
Por que não a Alemanha de Heine, de Novalis, de Rilke?
Por que não a Alemanha de Mann, de Hesse, de Schiller?
Por que não a Alemanha de Grünewald, de Dürer, de Altdorfer?
Por que não a Alemanha de Brecht, de Schopenhauer, de Hegels?
Esses homens, e tantos outros, merecem estar junto com a imagem vitoriosa da Alemanha, não Hitler. Parabéns, grande povo alemão.