Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada.”
T.S.Eliot
nós somos os homens ocos
(e já nem digo cagados)
em cujas cucas já poucas
há um caldo de água de coco
vazado pelos buracos
que ao menor toque de tocos
se faz em cacos
os nossos crânios
esmagados por tacos
a pauladas da vida mecânica
pelos socos do mundo vácuo
antes fôssemos loucos
mas nos acocoramos diante
do caos como os porcos
que curvam as fuças diante dos céus
não valemos nem para troco
menos do que macacos
mais do que meros tolos
nós somos os homens ocos
chocos botando ovos
na vida de só rebocos
já nos disseram os corvos
que somos os homens mortos