Agora, estão todos achando um absurdo a poluição que afeta 12 províncias da China, só porque no sábado, por uma eventualidade qualquer que nem seria digna de nota, o Índice de Qualidade do Ar atingiu 886 microgramas por metro cúbico. Tá, e daí? Ninguém sabia, até então, o que isso significava. Dizem que acima de 300 é perigoso e acima de 100 é insalubre. Tudo bem, mas perigoso para o quê? Para quem? Até agora, não esclareceram.
Por acaso, alguém vai morrer por uma poluiçãozinha de vez em quando? Quem conhece algum caso de alguém que tenha efetiva e diretamente morrido devido à poluição? Eu não conheço. Claro, dizem que ela pode causar doenças a longo prazo, tais como câncer. Mas isso são suposições. Quem garante que algum câncer surgiu devido à poluição? No fundo, é tudo conversa fiada. Sem falar que há tratamento hoje em dia para praticamente todos os tipos de câncer. Querem colocar culpa onde não existe. Até inventaram essa história absurda e fictícia de Aquecimento Global, para poderem fazer filmes catastróficos.
Ademais, se alguém não desejar respirar uma poluiçãozinha de nada, seja em Pequim, seja em Tóquio, seja em Nova Iorque, seja em Londres, seja em Moscou, seja em São Paulo, seja em Porto Alegre, é só sair com máscara contra gases na rua. Hoje em dia, as máscaras devem ser baratinhas. Ou então, melhor ainda, é só nem sair de casa. Sair para quê? Para trabalhar, vai-se de carro. Vidros fechados, ar condicionado. Problema resolvido. O bom é se ficar em casa. Vendo TV, divertindo-se na internet, usufruindo-se de todas as comodidades e maravilhas da vida moderna. Para quê coisa melhor? Sem contar que se todos ficassem em casa, não haveria violência. É ou não é? De modo que a poluição é mais benéfica do que prejudicial.
O que as pessoas devem colocar em suas cabecinhas ocas é que o Desenvolvimento não pode parar nunca, seja onde e quando for, custe o que custar. É preciso ter em mente a relação custo-benefício. O que todos querem não é uma nação rica, desenvolvida, com economia forte? Pois então, temos que pagar o preço. Ou vão querer fritar ovos sem quebrar a casca? É o que a China está fazendo. Não é à toa que já é a segunda maior economia do mundo e em breve deve passar os EUA e se tornar a primeira. Polui? Sim, mas não há como ser rico sem poluir. Tanto é que as pessoas mais ricas são as que mais poluem. Estou mentindo?
Além do mais, raciocinem aqui comigo. Como foi que os EUA se tornaram o maior país do planeta e a maior economia mundial? Preservando o meio-ambiente e não poluindo? Os EUA é o país mais consumista do mundo. Se há consumo, há poluição. Então, faremos o quê? Acabaremos com o consumismo? O senhor ou a senhora leitora deixariam de consumir? Óbvio que não. Nem eu.
E como foi que a Inglaterra, a França, a Alemanha, enfim, quase toda a Europa, se tornaram tão prósperos? Foi tendo cuidadozinhos ambientais, deixando suas florestas intactas, seus rios sempre limpinhos, sem nunca massacrar sua fauna e derramar óleo em seus mares? E nas suas colônias na América, na África, na Ásia como que agiam? Retiravam as riquezas dos países pobres sem poluir, sem sujar nada e sem explorar seus povos? Ora, não sejamos ingênuos. E aqui no Brasil, o estado mais desenvolvido não é São Paulo? Natural e compreensivelmente, é também o mais poluído.
Agora, querem condenar a China. Por acaso, as grandes potências poluidoras estão a favor do Protocolo de Kyoto para reduzir os níveis de emissão de gases? Bando de hipócritas. Até porque sabem que toda essa conversa de não poluir é balela. É necessário que se polua, para que se gerem riquezas, bens, energia, infra-estrutura. Ou então viveremos na eterna miséria. É ou não é?
Ah, o leitor não concorda, acha que a poluição deve ser controlada e reduzida? Ok, então procure, de início, comer menos e respirar menos.
(Aliás, observem as fotos acima. Pequim não fica muito mais bela, mais charmosa, misteriosa, com aquela névoa semelhante à sombria névoa londrina?)