13 dezembro 2020

a uma Serpente


entre o sim e o sol
silencia o segredo
calma de alma
que nunca passa
teu sempre sábio
som de sonata
calma da água 
que nada (a)tinge
que pedra alguma
nem mancha nenhuma
perturba (a)funda
infringe.
olhar de fogo frieza
lâmina adaga
que ninguém enfrenta
ou afaga
sangra teu sopro
sereno em veneno
saga  teu sonho
em cosmos distantes
teu silvo hipnótico
a que tudo se rende
e teme teu dente
para sempre serpente.

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