noite que fosse só em si mesma
neste jamais deixar de sê-la
e o sonho fosse por senti-lo
sem ter que ser a que não seja
longe de toda estas manhãs
estas manhãs de ações inúteis
de se fazer acontecer em que só o nada
é o que acontece.
noturnos sem amanheceres
sem trabalhos que a nada levam
sem barulhos de humanos vácuos
sem problemas de homens de bens
no seu mundo que anda
(mas só ao abismo).
que as ruas fossem sempre desertas
assim como as vidas são sem caminhos.
as manhãs nunca foram minhas.
nunca me trouxeram esperança.
bem disse Fernando Pessoa:
"Manhã dos outros! Ó sol que dás confiança
Só a quem já confia!"
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