todos nós morremos
do tanto
ou do nada
que fazemos
todos nós morremos
do muito que queremos
ou mais ainda
do muito que fugimos
todos nós morremos
da vida que levamos
ou da morte que vivemos
todos nós morremos
disso que a olhos vistos
disso que nem vemos
todos nós morremos
do que nos iludimos
do que muito sabemos
e estamos todos mortos
(já abrimos abismos)
e nem percebemos
e estamos todos mortos
que é já o fim da Noite
e só após o sono
amanheceremos
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