15 março 2016

Como destruir a Educação de um Estado em 10 lições (com Prof. Sartori)


1 – Dê aumento para si e para todos os seus, inclusive deputados e secretários, e em seguida congele e parcele os salários dos servidores públicos.

2 – Transmita a visão de que os professores são os carrascos da educação pública, de que trabalham pouco e não se sacrificam como deveriam por sua profissão, e que, aliás, ser professor é mais um sacerdócio do que uma profissão.

3 – Coloque a sociedade contra os servidores públicos, fazendo-a acreditar que sem os servidores o estado estaria melhor, e que eles são os responsáveis pelos aumentos de impostos.

4 – Mantenha as injustiças dentro do serviço público, com servidores recebendo  salários absurdos: alguns, absurdos de tão alto, outros, absurdos de tão baixo.

5 – Fique meses sem repassar verbas para as escolas, e que elas se virem do jeito que der.

6 – Mantenha um clima de hostilidade contra os servidores, inclusive com ameaças de demissão caso “não se faça o que o patrão quer”.

7 – Terceirize a educação e a entregue nas mãos gananciosas e inconsequentes da iniciativa privada.

8 – Não só não cumpra a Lei do Piso Nacional, mas também inflija um arrocho salarial histórico, com garantias de que NÃO haverá aumentos por 4 anos.

9 – Não combata a corrupção (leia-se sonegação fiscal), que, se evitada, poderia aumentar a receita e possibilitar maiores investimentos em educação.

10 – E, por fim, após ter garantido as benesses a si e aos seus, construa um discurso de que a educação é prioridade, de que tudo o que está sendo feito é para o bem do povo gaúcho e que esse “bem” exige o sacrifício de todos (menos o do governo e seus deputados).


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