27 novembro 2015

Céu Perdido

sendo música que é sem ter que ser
assim me espero no que nada sou
vejo os campos tão amplos dos profundos
lagos meus que nunca foram benditos

porque ao âmago sempre inútil seco
aqueles verdes vagos passam e levam-me
em raio de horror tornado tornado
olho amigo para o céu que oceana

todos os sorrisos são como pássaros
fêmina passagem em culpa sanguínea
tudo é triste abaixo dO que não é

e em quatorze versos não disse nada
não disse porque estou rouco e mais louco
e tudo é tão longe, em febre, tão pouco...



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