entre
o denso da noite
o que há por trás do entre
do negro da mata
que a manhã
desentranha e mata?
é isso talvez que me mata:
esse entre a “manhã dos outros”
em que não sou-me
e meu laço se desata
mas os entes
que no entrás da mata
não existem
para os que nunca
entreveem...
trago entre meu ser
como quem não traga
entre nada
e não podem deixar-me
pois nunca deixo o entre
da minha alma...
(Na imagem, o famosíssimo quadro "A Noite Estrelada" de Van Gogh)
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