no que há mais força
que na determinação do mosquito?
ele sabe o que há de fazer
e o faz
e nisso se basta
em noites matas chuvas
ares solos grutas
morte caos horror
no fim do humano
será o mosquito ainda senhor
quem o venceu?
quem o subjugou?
quem dobrou sua espinha
e o fez desistir
de aspirar ao teu sangue
e ir repousar a se rir...?
um exército de mosquitos
(o que há de mais firme?
de mais implacável?)
invadiria todas as terras
venceria todas as guerras
e tornaria este mundo
incivilizável
a Ti, Mosquito
minúsculo sanguinário
e às hostes dos insetos deste planeta
a vós
símbolos-deuses do Horror
deixo meu verso miserável
minha amizade inútil
e minha imperturbável dor
*Poema reelaborado e republicado
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