(pela estrada):
nenhuma lágrima
de ninguém
teu sangue esparramado
(pela estrada)
é mancha do que era:
para quem passa rápido
(que é preciso ir e vir
a correr e a sorrir)
tu foste de outra era
e agora és nada
tu sendo um
és todos
que já não são
para que fosse
o progresso
(pela estrada
ao nada)
quem se importa
na pressa?
na pressa?
tua existência
num mundo moderno
é inútil
é um excesso
sobre a tua vida esmagada
(pela estrada
(pela estrada
findada)
soprou um hálito
de so(risos)
a sonhar com beijos na noite
ou com sono de justos
ou em festas baladas
sobre a tua vida esmagada
(pela estrada
esvaziada)
eu mesmo...
fiz o quê?
nada
só um poema
que também é nada
para quem o lê
(pela estrada...)
*Poema reelaborado e republicado
Um comentário:
Na verdade, as poucas vezes que vi um animal morto numa estrada, tambem me senti com um nó na garganta e sem poder fazer nada por ele.
Beijos
Postar um comentário