20 janeiro 2013

Prenúncio


pensam impensada
(imprensada)
mente
despreocupados
que não há preço
e pisam (atolados)
nos próprios passos

mas passam
como se nem fossem
poucam como passados
e se apossam
das passas podres
entre os pingos das poças

pendem como desprezos
presos nas falsas pistas
tropeçam nos próprios rabos
e pensam que não há peso

mas são patos
em ralos pastos
a plúmbeo céu de perda
e a poucos passos
do fundo preto do poço

3 comentários:

Anônimo disse...

Amo esta poesia pesada
simbólica
em que as palavras
pesam como chumbo
mas toca o coração
e rasga as artérias
com uma linguagem ácida
estes versos mórbidos
com pétalas de marginália
falam com uma língua
pesada
mas dizem muito do ser
e é uma poesia
porque tem a forma
de uma harpa.

Luiz Alfredo - poeta

BLOGZOOM disse...

Querido Amigo,

Prefiro poemas intensos.
Geralmente são críticas do que vivemos, do que vemos, do que nao concordamos. Cada linha, cada vírgula, expressam o que o escritor circunscreve.

Beijos

Unknown disse...

Palmas!!!!