02 novembro 2012

As Sentenças do Nobel da paz

O diplomata egípcio Mohamed  ElBaradei foi o vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2005. ElBaradei é ex-diretor da AIEA, a Agência Internacional de Energia Atômica. No final de outubro, ele esteve em Porto Alegre, onde palestrou na UFRGS. O jornal Correio do Povo do dia 1º de novembro veiculou algumas de suas críticas e sentenças não muito otimistas. 

Segundo o jornal, o diplomata acredita que o Conselho de Segurança da ONU precisa passar por um profunda reforma. Acompanhe os trechos a seguir, retirados dos jornal Correio do Povo:

" O tratado de não proliferação de armas nucleares gerou resultados contraditórios: há hoje no mundo um estoque de 19 mil armas nucleares e os cinco países (EUA, China, Rússia, Reino Unido e França) do conselho modernizam em vez de diminuir seus arsenais".

"A atual superestrutura nuclear é ineficaz para enfrentar ameaças sérias à humanidade originadas pelas crises da economia, corrupção, fome e doenças". 

Chamo a atenção dos leitores para o GRAVÍSSIMO fato abaixo:

"O Nobel atacou a insensibilidade da mídia e das potências com os massacres bélicos. No Iraque, sabemos quantos soldados americanos morreram, mas se desconhece quantos milhares de civis iraquianos foram assassinados. Entre 1998 e 2008, 5,4 milhões morreram no Congo. É um fato dos mais graves à humanidade ignorado pela mídia e que não afetou a consciência das pessoas. Na Síria, há massacres e nada é feito".

Limito-me a comentar: cerca de 3 mil americanos morreram no ataque às torres gêmeas. 4,5 milhões foram mortos no Congo em 10 anos. Por que todos sabem e choram e se lamentam pelos alguns milhares de americanos mortos e ninguém sabe (nem se sabe, muito menos se lamenta) pelos milhões de congoleses mortos? Por quê?


3 comentários:

Unknown disse...

Isto é omissão. Defino como o oitavo pecado capital.
Beijos!!!

Unknown disse...

Descaso com a humanidade em razão dos interesses arbitrários da nação que comanda o mundo.
E o pior: todos são cúmplices dessa barbárie.

Dulce disse...

É arrepiante saber que as notícias que recebemos são escolhidas, não sabemos bem por quem. Não temos direito de saber verdades porque os média decidem que não é de interesse (ou não faz vender). Junto à sua informação os massacres que ocorrem no Mali, as famílias obrigadas a fugir no deserto, isoladas de tudo e de todos. Desses, não há conta... porque não há jornalistas ou emissários para contar as vidas perdidas.