em breve
nem o longe
ao longe
no horizonte
em breve
o sempre
que será ontem
silêncio esgotado
ao esgoto
de uma fonte
em breve
nem o leve
só o calo
de um canto de ave
calado
num eterno vago
de neve
pássaro passado
desmanche
de sorriso lasso
desmoronado
por entre olhos
de cuja luz
em breve
nem traço
e da árvore
que te arde
despencada
entre abismo
folha por folha
abalada
entre os riscos
do que cismo
em breve
nem cisco
em breve
nem nada
e que te leve
o desfeito
assim
como se fosse
o meu peito
3 comentários:
Lindíssimo!!!
E seu peito tanto diz!...
... Contemplo...Silencio-me...
Lindo! Muito bom te ler!
Teu silêncio tem ritmo, musicalidade,
cadência, lirismo, beleza.
Poe dizia que a poesia tem que elevar a alma. Esse poema eleva a alma.
um abração.
Postar um comentário