qual é palavra que é a palavra?
aquela que sem ser precisa
é a necessária?
qual dita devo encontrar
para que se me conceda o ar
de ser dita?
devo encontrar o que não deve
em contra algum vir de encontro?
talvez o ela existir
seja todo o meu confronto
talvez resulte em palavra mágica
que ao ser dita me desfaça
veneno tragado
em proibido gole de taça
ou talvez seja a exata aquela
que a(s)cende o que há febre na vela
há uma
palavra
perdida em tudo que faço
e por mais que lance o meu laço
acaba o meu escrevo suspenso
caos que se cansa de aceso
aquela palavra que Deus disse
que talvez não (me) existe:
sonhei que estivesse
nas auras de algum átomo
e depois
na almas de uma plêiade
como quem conta estrela
(ah, eu que a busquei tanto)
encerro este poema
sem ter conseguido dizê-la
por enquanto...
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