a minha melancolia
(o há de haver do verbo ia)
não me permite
crer nisso que aí está:
inútil blábláblá
em intelectuais reais
da ilusão do que se existe
o melhor do que creio
(e sem enganoso anseio)
é em que não pode ser:
o que realmente vale
são os vales do que não há
de haver
se o que é é isso que é
é óbvio que não é
o que deveria ser:
em verdade
(pergunto e perturbo)
para que crer na humanidade?
inflamo-me por ser insano
(uni)versar é tudo que me resta.
mais alto
é crer no que não existe
e naquilo que não vejo...
como crer no este humano
se estou vendo que não presta?
5 comentários:
O maior erro de todos é apenas olhar para os podres da humanidade...eu ainda credito que um dia, o melhor de nós nos irá curar...como num conto para crianças em que o bem sempre vence o mal...ainda não é tempo de não crer em nada...é tempo de lutar por tudo!
Beijos
Sónia
Temos nosso próprio eixo como referência. Se cremos em nós, em nossa potência, então, cremos em algo. Se nos enxergamos como nada, nada há pra se crer. Somos ponto de partida de uma corrida numa estrada acidentada onde o fim é destino certo. Temos uma vida pra viver e vocábulos pra usarmos como dedos numa ciranda de dias entrelaçados.
E continuemos a escrever,
pra não deixarmos nossa mente morrer!
Verdade cruel! Mas não se turbe o vosso coração. Credes em Deus.
Beijos, amado ;)
Só você para deixar o "bláblá" tão poético!
Versemos...para vencermos!...
Beijos =)
Oi, Reiffer. Estive ausente, e senti falta de comentar aqui. É sempre muito bom te ler. Seus poemas sempre me levam a sentimentos sobre o mundo e a humanidade, sobre este país. Sentimentos que compartilho com você, como a desilusão e a revolta. Não acredito que haja uma solução. Não tenho esperança. Não nesta existência.
Um abraço pra você.
Postar um comentário