eu não me explico.
por que deveria dar um motivo
para perder ou não o meu siso?
reservo-me o divino direito
(com o que faço
só eu devo estar satisfeito)
de dizer-me ou não
e se assim desejo
depois me desdigo
que nunca falo do meu falo
e não sou meu próprio umbigo
as palavras são as asas
que não tenho e sustenho
e deixo que voem vaguem veladas
sem ter que ter no meu chão
(já me basta todo o meu não)
algo de alga sobre o mar
lago de lança cobre o céu
e um lento luto lento
sempre a me ser olhar...
lá vai minha palavra
mais do que eu
e por outra maior estrada...
se eu tivesse que explicar tudo
melhor seria não dizer nada...
5 comentários:
Muy bueno, como siempre, me encanto!!!
Besos.
Amei o post...o meu silencio permanece, e prefiro assim. bj
Há sempre uma sombra e uma magia nas tuas palavras, algo que sempre fica no ar, que nos inquieta. Por isso gosto de te ler. Abraço
Lindo poema, finalizou-se com uma ótima frase. Algumas coisas não são necessárias explicar, o silêncio por si só já e a resposta.
Um ótimo restinho de semana para você!
Até mais.
"lá vai minha palavra
mais do que eu
e por outra maior estrada..."
Formidável. Um poema esclarecedor.
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