deixo que o verso saia como ele foi
sem que eu pense em nada
para deixá-lo sendo o que ele não é
o verso nada tem a ver do que penso
a arte que por ele passa
vem do todo e nada tem de mim
é livre em seres que não tenho
é livro que se cala no que digo
é vento que se vaga não comigo
é lago que se nada no não-dito
deixo que passe o que se passa por mim
de que importa aquilo do que sinto?
de que sente o sangue que não tenho?
de que vale o vale que me afundo?
o verso é vasto longo e fundo
vai muito além do que está aqui
por que querer que ele fale de um eu?
por que o verso tem que ser o que é meu?
o verso é de mim o meu ser:
se o meu ser não fala por mim
deixo que o verso fale por si...
e o resto é fim.
sem que eu pense em nada
para deixá-lo sendo o que ele não é
o verso nada tem a ver do que penso
a arte que por ele passa
vem do todo e nada tem de mim
é livre em seres que não tenho
é livro que se cala no que digo
é vento que se vaga não comigo
é lago que se nada no não-dito
deixo que passe o que se passa por mim
de que importa aquilo do que sinto?
de que sente o sangue que não tenho?
de que vale o vale que me afundo?
o verso é vasto longo e fundo
vai muito além do que está aqui
por que querer que ele fale de um eu?
por que o verso tem que ser o que é meu?
o verso é de mim o meu ser:
se o meu ser não fala por mim
deixo que o verso fale por si...
e o resto é fim.
3 comentários:
Muito obrigada !
Os versos escapam, não tem como fugir, e adoro quando os teus escapam ,bonsssss
maravilhoso Reiffer..
e a pena leva os versos..
beijo e boa semana.
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