21 junho 2010

Não-Soneto nº2

deixar cada verso como se fosse
versar cada fosse com uma foice
e após plantar aquilo que não tenho
colher do nada o nada que não sou

o que queres será feito não sendo
morto do que fracasso vencerás
terás aquilo que talvez não queiras
não conseguindo cumprirei ao erro

sabes como obrigar deixando livre
do horror retiras as sublimes causas
de vão sacrifício se revela o alto

do que não veio surgirá teu sim
a luz que nasce em tudo que se perde:
sabendo nada o que devo conheço

3 comentários:

Denise Portes disse...

"a luz que nasce em tudo que se perde:
sabendo nada o que devo conheço"
Lindo Reiffer!Eu estava com saudades daqui.
Beijo
Denise

al disse...

uau :o

brilhante jogo de palavras, parabéns :)

Inside Me disse...

menino-escritor, encantando em versos a nossa alma...