sinto desejos de me ir
mas não me sigo:
tudo pesa sobre mim
tenho desejos de me rir
mas não consigo:
tudo é grave ao meu clarim
meu coração que nada em vales
é o tudo do todo que trago
um trago de vinho vago e amargo
meu coração que nada vale...
meu coração cravei nesta espada
esta espada cravei na montanha
a montanha cravei pelo nada
como símbolo oniricamente acabado
de tudo aquilo que acaba...
vêm-me desejos de dormir
mas só comigo:
tudo nada no (en)Fim
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13 comentários:
Muito bom mesmo. Esse seu jeito de escrever entre o querer e o não poder me fascina.
sirmesquita@gmail.com
Abs
Há um niilismo horas velado horas explícito mas infinitamente belo o teu poema. Uma dor rasgada e um vazio sem fim.
O terceiro e o quarto versos - demais!
Inquietude belamente expressada..."meu coração que nada em vale" "meu coração que nada vale", belas imagens poéticas!
Eu gosto muito de teus poemas.
Meu e-mail para o zine:
karinkreismann@yahoo.com.br
Obrigada!
Eu quero viajar nos mistérios que seu coração transforma em versos.
Beijos
Denise
deniseportes.portes@gmail.com
A vida é um eterno querer quase ter quase ser, quase ir, as vezes tendo as vezes sendo, as vezes indo.
Eis as questões que sempre assombram a existência...
Como muitos dizem, querer é poder porém, essa frase é cheias de controvérsias, já que nosso querer atinge várias pessoas que podem ou não ser agradáveis a tais.
"A montanha cravei pelo nada
Como símbolo oniricamente acabado
De tudo aquilo que acaba"- Versos fantásticos...
Lindo !
Leticia Duns
Tchê, mas,tu anda solito hein! Menos mal que em teu caminho deixas um rastro de belas letras!
Um abraço!
Voltei para deixar meu e mail:
leticia.ads@hotmail.com
Abraço.
Leticia Duns
Minha ausência do país, não me fez esquecer a beleza poética de teus versos. Profundo. Gosto de tua categoria...
beijos,
é um poema inspirado, mano.
muito bom.
Adorei seu poema e a sensibilidade de sua forma poética!!! Abraço, Zilka
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