09 setembro 2009

Minha Opinião



os caninos expostos do Tigre
brancos como a morte
a gotejar saliva
inabalável para o bote
a um passo
de estraçalhar a presa

labaredas expostas do Fogo
rubras como a morte
a gotejar inferno
inextinguível para o incêndio
a um metro
de aniquilar mansões

tempestades expostas da Nuvem
negras como a morte
a gotejar catástrofe
interminável para o raio
a um minuto
de devastar cidades

assim
se deve escrever...

6 comentários:

Anônimo disse...

As fortes e arrebatadoras imagens deste poema levam a uma conclusão inesperada que justifica estranhamente o título. Uma obra perfeitamente construída.

Anônimo disse...

André Vieira

FROILAM DE OLIVEIRA disse...

Belas (como as labaredas) e incisivas (como os caninos do tigre) metáforas.

Davi Machado disse...

Belíssimo!
bravo!
cada vez que venho aqui me assusto mais, esse teu jeito de construir, de tecer teu verso é muito sublime!

o fogo, a nuvem, a morte, a catástrofe: o caos! poesia!
tantas imagens e sentidos...

formidável!

Alberto Ritter Tusi disse...

Muito bom!

De uma olhada num poema do maior ecritor gaucho de todos que eu postei no meu blog!!!

Abraço!

ManZone Music disse...

Agora sim, maravilha, maravilha! Atualizei o blog lá, uma homenagem a Lacan. Abraço!