14 dezembro 2011

que sonho que eu sou quando eu for-te

que sonho que eu sou quando eu for-te
no que eu deixei-me em que parte
se tanto eu partia em nos ver-te...

nem chuva não cai mais dos mares

não tenho onde é que vou por-me
ou deixar-te a quem não achar-me
se tanto vi o céu não mais ser-me...

nem lago sai mais dos cantares

a rosa pairou-me em horror-te
beijá-la é o dever-me de arte
se tanto li o som do que verte...

nem sangue sai mais dos olhares

que sonho que eu sou quando há mor-te
no que eu deixei-me em que amarte...

5 comentários:

Pássaro de Fogo disse...

Lindo, incrivelmente lindo, quanta musicalidade! Uma obra-prima! Bjos

Davi Machado disse...

Que magia!
um dos meus preferidos dos seus, belíssimo!

abraço

Matheus de Oliveira disse...

Belíssimo mesmo,sensacional trabalho com a linguagem.

Beeh M. disse...

Não encontrei a palavra certa para descrever... rs Perdoe-me, mas acho que basta.
Saudades daqui!

Beijos meus...

PS: Há um aviso em meu blog, se der, seria muito bom que lesse. Agradecendo de já!

Bete Nunes disse...

Que sonho é esse que sonhas em ser-te?
Que sonho é esse que és em sonho?
Uma chuva de sonhos que cai do mar, de olhos que não podem sonhar...

Lindíssimo poema, o teu Reiffer!
Teu estilo é marcante.

beijos.