Pra onde foi a luz do que é Antigo?
Pra onde foram as almas dos Olhares?
Pra que abismo? que inferno? negros mares?
E este sonho? aonde vai? aonde sigo?
Muito bem... já que tudo está perdido
e pairam teus fantasmas pelos ares,
cantarei Fim por todos os lugares
e o que foi, sem jamais aqui ter sido...
O meu triunfo é estar-me nos teus braços,
vivo de morte, de sombra e de agouro
dos quais jamais irei fugir dos laços...
Vejo descendo uma deusa em negro e ouro
de que já tenho o beijo e o seu abraço
em febre e fúria de indomável touro.
28 outubro 2006
Febre da Lua
à noite
a morte
a fim de que eu te veja
e no final desejo
eu vejo
duendes nos cantos
aos cantos de fadas
e sucumbo em arfadas
de visionários de asmas
doentes aos cantos
e se erguendo fantasmas
em fantásticas falas
que eu canto nos cantos
sem ar pelo amar
o fim dessas almas
que desejo tão altas
pelo fim que te canto
e ao fim não te vejo
só canto de cisnes
nas névoas flutuando
e flutua na lua
minha mágica maga:
à noi...
te amo
a mor...
a morte
a fim de que eu te veja
e no final desejo
eu vejo
duendes nos cantos
aos cantos de fadas
e sucumbo em arfadas
de visionários de asmas
doentes aos cantos
e se erguendo fantasmas
em fantásticas falas
que eu canto nos cantos
sem ar pelo amar
o fim dessas almas
que desejo tão altas
pelo fim que te canto
e ao fim não te vejo
só canto de cisnes
nas névoas flutuando
e flutua na lua
minha mágica maga:
à noi...
te amo
a mor...
19 agosto 2006
Signo de Peixes
último signo
já mergulhado
num outro mundo
és água e alma
desconhecidas
em céu Netuno
décimo-quarto
verso-de-louco
de além-soneto
coda final
de sinfonia
número 9
lied de Schubert
perto da morte
já opus póstumo
olho de príncipe
cravado em símbolo
de cruz-espada
sonho de sangue
pelo crepúsculo
sobre um cavalo
corvo-coruja
que um sino toca
junto com um sapo
lago de rosa
de preto e roxo
cantando à noite
beijo na mão
de uma doente
que já morreu
luz de lampião
de 3 fantasmas
pela janela
longe relâmpago
de uma tormenta
já quase 13
do Fim o signo
e só por isso
és tanto meu
já mergulhado
num outro mundo
és água e alma
desconhecidas
em céu Netuno
décimo-quarto
verso-de-louco
de além-soneto
coda final
de sinfonia
número 9
lied de Schubert
perto da morte
já opus póstumo
olho de príncipe
cravado em símbolo
de cruz-espada
sonho de sangue
pelo crepúsculo
sobre um cavalo
corvo-coruja
que um sino toca
junto com um sapo
lago de rosa
de preto e roxo
cantando à noite
beijo na mão
de uma doente
que já morreu
luz de lampião
de 3 fantasmas
pela janela
longe relâmpago
de uma tormenta
já quase 13
do Fim o signo
e só por isso
és tanto meu
Menstruada
má/guada...
des/manchada
em derramamentos
tu te purificas
ex/pulsando
lágrimas de útero
choros sanguino
lentos
lentos
pelas tuas pernas
vermelhas pétalas
das cho/rosas murchas
do jardim quente
do teu ventre em chuvas
eu absorvo tuas dores
melan
cólicas
des/manchada
em derramamentos
tu te purificas
ex/pulsando
lágrimas de útero
choros sanguino
lentos
lentos
pelas tuas pernas
vermelhas pétalas
das cho/rosas murchas
do jardim quente
do teu ventre em chuvas
eu absorvo tuas dores
melan
cólicas
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